Resenha Crítica Política
COMUNICAÇÃO E POLÍTICA – 2014/2
PROFESSORA MARIA HELENA WEBER
RESENHA CRÍTICA
Transformações da política na era da comunicação de massa, de Wilson Gomes
Introdutoriamente, Wilson Gomes destaca três estágios na literatura que tratam do surgimento de análises sobre comunicação e política. O primeiro situa-se entre as décadas de 20 e 40 e traz estudos dispersos sobre fenômenos singulares da política.
A partir destes estudos, é possível constatar a presença da comunicação de massa com incidência na política. Porém, as instituições comunicacionais são vistas apenas como intermediárias entre o Estado e a sociedade; como um canal que levava a mensagem do emissor (política) até o receptor (sociedade).
A partir dos anos 60, com o aumento da cultura de massa e a difusão dos meios de comunicação – como a televisão no Brasil - os estudos entram num segundo estágio.
Existem algumas tentativas de se pensar a comunicação não mais como um recurso da política e sim como uma grandeza institucional de mesma amplitude. Nesse sentido, ganham espaço os estudos sobre a propaganda. O autor destaca, porém, que ainda havia uma incerteza sobre a relação entre as duas: “isto é, da dúvida sobre se afinal se tratava de comunicação de massa, de comunicação humana em geral, ou de ambas”
Com o fortalecimento da indústria cultural e da comunicação de massa passa-se a pensar na comunicação política. “Este é o momento dos primeiros grandes estudos monográficos teóricos sobre a comunicação política e sobre sua importância para a vitória eleitoral e para o exercício do governo”. No entanto, os estudos ainda visualizavam com certa surpresa o papel que os meios de comunicação desempenhavam na política.
Gomes traz o terceiro estágio como aceitação e consolidação da comunicação como fundamental no desempenho políticos dos atores e dos partidos.
A articulação entre política e comunicação ganhou força nas últimas décadas com base em cinco aspectos:
a) A