O caso la mignonette
O caso do iate La Mignonette, ocorrido em 5 de julho de 1884, foi julgado na Inglaterra. Trata-se de um naufrágio da embarcação e a morte de um dos tripulantes. Segundo narrado em livros, o proprietário do iate Mignonette, que não era uma embarcação muito resistente, decidiu sair em viagem. Empregou Thomas Dudley como o capitão, que por sua vez recrutou Edwin Stephens, Edmund e o menino, Richard Parker. Partiram em maio e experimentaram diversas dificuldades: o tempo promoveu tormentas e, o capitão Dudley decidiu desligar-se da rota principal. Devido aos fortes ventos e ondas, a embarcação despedaçou-se. O Mignonette afundou em menos de cinco minutos. Infelizmente, a fonte de emergência da água foi levada pelas ondas. Muitas milhas longe da costa, a única esperança era serem recolhidos por outro navio. O tripulante mais doente era o menino Parker. Tentaram capturar peixes para alimentação, sem nenhum sucesso. Para saciar a sede decidiram beber da própria urina. Com o passar dos dias, sentindo-se mais mortos do que vivos, Dudley propôs que um deles fosse escolhido para ser morto e, assim, alimentar os demais. A idéia foi a princípio abandonada. Entretanto,com o passar dos dias, Stephens já concordava com a proposta. Embora sem o consentimento dos demais Dudley matou o menino Parker, que segundo suas considerações era o mais doente, não tinha esposa e nem filhos. Nos dias que se seguiram todos os três homens, incluindo os que se negaram a aceitar a proposta, alimentaram-se do corpo do menino. Beberam até mesmo o seu sangue. Alguns dias depois foram avistados por um barco alemão, o Montezuma, e salvos. Os sobreviventes foram questionados quanto ao ocorrido e a resposta era a de que não lhes ocorreu que tinham cometido qualquer crime. Dudley insistiu que tinha sido sua tal idéia e que considerava os demais completamente inocentes. Estes transformaram-se nas principais testemunhas do