o caso dos exploradores de caverna. Homicídio justificável?

O ser humano é parte observadora da cadeia alimentar sob o ponto de vista biológico, entretanto se não houver possibilidade de continuar nessa posição e supondo que de certa forma os sobreviventes fossem os últimos representantes da vida humana na terra, e não houvesse provimentos imediatos, justificaria matar alguém para obter alimento? Quem decidiria qual seria o “escolhido”? E se houvesse, num grupo de cinco, como é o caso, um solteiro, um pai de 2 filhos cuja esposa já faleceu, outros dois casados e um jovem de 15 anos, como seria feita essa escolha? Pela sorte? Por um contrato ou um acordo? E se o contrato existir, ele pode ser revogado? Ou quem sabe então escolheríamos o mais “gordinho”? (para termos provimentos por mais tempo). Como seria a “execução” do escolhido? Este é um caso atípico, que foge da simples racionalização, é bem mais amplo e profundo, reflete basicamente nossa forma de pensar e agir, somos seres individuais vivendo em sociedade, e em situações extremas de vida ou morte, prevalecerá o bom senso, o instinto ou quem sabe ainda prevalecerá à vontade de um grupo em relação à minoria? Outra questão é, quando eles ficaram sabendo que não teriam alimentos suficientes para sobreviverem, a partir desse momento, instituiu-se um estado naturalista? As leis postas não se aplicam? Eles são culpados de assassinato? (tendo em vista que esta foi uma situação alheia a vontade de todos e não provocada por eles). Foi um crime premeditado? O fato é que uma pessoa foi morta para a sobrevivência de outras, a duvida maior ressalta na culpa ou absolvição dos indiciados. É um caso clássico de defesa de teorias, a jusnaturalista contra a positivista, ambas se justificam no presente caso. No meu entender houve um crime, um homem foi morto, e não há justificativa para tal ato (não se aplica defesa legítima, pois eram 4 contra 1), e os mesmos devem sofrer as sanções aplicadas pela lei vigente, neste caso o condenamento a morte por enforcamento.