Analise da obra os caso dos exploradores de caverna
FULLER, Jon L. O caso dos Exploradores de Cavernas. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris Editor, 1976.
Juliana Moura Paulo¹
INTRODUÇÃO
O Caso dos Exploradores de Cavernas prima por uma análise acerca da aplicação do Direito com a finalidade de promover a justiça. Há também uma análise do papel dos legisladores em casos que adquirem uma hermenêutica prospectiva, pois são considerados casos raros ou singulares. Assim sendo, há uma interpretação sob o julgamento de cada juiz para que se possa compreender que a finalidade do Poder Judiciário é aplicar justiça.
Nesta obra encontramos um uso sistêmico, dinâmico e proativo de diversos elementos do âmbito jurídico, tais como o senso comum, a jurisprudência, o jus naturalismo, o positivismo, a moral, a doutrina, os princípios gerais do Direito, etc. É perceptível a evocação de princípios platônicos, aristocráticos, kelsianos, maquiavélicos, hegelianos, hobbesianos, rousseanos.
No ano fictício de 4299, cinco espeleólogos (exploradores de cavernas membros da Sociedade Espeleológica) ficam presos numa caverna após um desmoronamento inesperado e passam vários dias ali. Por volta do vigésimo dia, Roger Whetmore fala com uma equipe de médicos através de um rádio transmissor e nessa conversa duas questões são levantadas, a primeira era se eles sobreviveriam mais dez dias (que era o tempo estimado para acontecer o resgate de todos) sem comida e a resposta foi não; a segunda era se eles sobreviveriam se fossem alimentados com carne humana, a resposta foi sim. Após esse contanto Whetmore sugeriu que fizesse um sorteio para ver quem seria sacrificado para saciar os outros, e num jogo de dados o “premiado” foi o próprio Whetmore, mesmo que pouco antes ele tenha sido contra a própria ideia. Esse foi o relatório dos quatro sobreviventes, que foram condenados em primeira instância e em seguida quatro juízes deram a sua sentença.
É importante ressaltar que há uma questão de