o capitalismo monopolista
SERVIÇO SOCIAL
Ana Elizabete Mota ∗
Angela Santana do Amaral∗
Ao discutirmos
sobre a dinâmica da reestruturação produtiva e suas
inflexões sobre a experiência profissional do Serviço Social, estamos assumindo um duplo desafio: o primeiro deles é o de situar a reestruturação no contexto da crise capitalista
contemporânea,
qualificando-a como um processo de
restauração econômica do capital e ambiente
de
interve nção política das
classes e do Estado nas condições de reprodução social; o segundo consiste em identificar as mediações que conectam a experiência do Serviço Social às mudanças em curso. Aliás, como já identificou Netto, “o problema teóricoanalítico de fundo (...) reside em explicar e compreender como, na particularidade prático-social de cada profissão, se traduz o impacto das transformações societárias.”(Netto,1996:89).
Nesta direção, a articulação orgânica entre as dinâmicas da economia e da política, ao tempo em que nos fornece as principais pistas para negar a suposta “crise da sociedade do trabalho” ou a aparente “autonomia do progresso técnico” como vetores da reestruturação produtiva, também especifica o leito teórico-metodológico sobre o qual tentaremos empreender uma abordagem crítica do discurso político dominante sobre a reestruturação produtiva.
Assim,
as formas de objetivação e subjetivação do trabalho coletivo, a
composição e a dinâmica da intervenção das classes sociais e do Estado, apresentam-se como categorias explicativas dos processos macro sociais contemporâneos que afetam a vida social e determinam mudanças no conjunto das práticas sociais, onde se insere experiência profissional do Serviço Social .
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Professora Adjunta do Departamento de Serviço Social e coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho(GET) da UFPE
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Professora Assistente do Departamento de Serviço Social e pesquisadora do Grupo de Estudos e