capitalismo monopolista
José Paulo Netto a partir de uma perspectiva dialética aborda o sincretismo no Serviço Social em três dimensões: sincretismo ideológico, das escolas; sincretismo do Estatuto profissional e o sincretismo científico, das teorias.
Em seu primeiro tópico do Capítulo II da obra capitalismo monopolista e Serviço Social, José Paulo Netto tematiza sobre as relações entre o estatuto teórico do Serviço Social e o seu estatuto profissional.
Explicita que para muitos assistentes sociais a relação científico-profissional se estabeleceu colocando o aparato profissional como dependente do aparato científico. Vale ressaltar que uma profissão geralmente se firma inicialmente a partir da análise das demandas e posteriormente por meio da análise dos métodos teóricos-metodológicos, contudo o Serviço Social fez o caminho contrário recorrendo ao método científico para fundamentar seu estatuto profissional.
José Paulo Netto e Marilda Iamamoto defendem a ideia de que a explicação do estatuto profissional do Serviço Social é advinda das demandas surgidas com o capitalismo monopolista. Para o autor, a compreensão da predominância do aparato científico sobre o estatuto profissional talvez resida na consideração de que para os assistentes sociais se tornou uma espécie de necessidade fundamentar cientificamente o Serviço Social para que este possa romper com a visão filantrópica oriunda das protoformas e também como forma do Serviço Social adquirir respaldo frente à sociedade.
Contudo atrelar a base profissional ao seu aparato cientifico acaba,de certa maneira, por desconsiderar uma leitura da realidade, do contexto social que o assistente social está inserido: “ Qualquer que seja, porém, a razão cabível para esta hipoteca da base profissional ao seu lastro “ científico”, o certo é que ela desconsidera o primordial, isto é, o erguimento de uma configuração profissional a partir de demandas histórico-sociais