capitalismo monopolista
Tal visão foi desenvolvida em grande parte no contexto de seu estudo do trabalho manual, com a consequência de que ele tendia a conceber a qualificação como coisa puramente manual, manipuladora de objetos. À medida que a economia se deslocou para os serviços, diferentes tipos de qualificações no local de trabalho se tomaram mais importantes. Os estudos do trabalho em serviços interativos, por exemplo, identificaram qualificações interpessoais difusas como essenciais para o trabalho de comissários de bordo e vendedores de seguros (entre outros). Análises de gerentes defenderam igualmente que diferentes tipos de qualificações formam a base do trabalho nos escalões médios de gerência, porem parece que a qualificação foi retirada dos trabalhos contemporâneos.
Uma conseqüência disso é que o caráter social da qualificação foi subestimado. Várias classes feministas defenderam que as qualificações femininas são amplamente ignoradas, tanto pelos teóricos do processo de trabalho como pelos empregadores, enquanto se atribui alta condição às qualificações masculinas. Em decorrência disso, muitas tarefas majoritariamente femininas, que requerem altos níveis de treinamento e capacitação, são habitual ou imprecisamente designadas como não qualificadas ou desqualificadas (7). Isso também obscurece as formas em que a qualificação, o gênero e o poder se entrecruzam em alguns casos, a "qualificação" pode ser tanto uma forma de exclusão e/ou subordinação das trabalhadoras, como uma propriedade inerente de um trabalho ou uma proteção contra o controle gerencial.
Também obscurece o papel desempenhado pelas qualificações socialmente construídas e pelos sindicatos organizados por ofício na exclusão das