o cabeleira, análise
Narrado em terceira pessoa, O Cabeleira foi publicado em 1876, foi o marco inicial do Regionalismo Brasileiro. Franklin Távora foi um dos fundadores do regionalismo brasileiro, com essa obra teve dupla intenção: resgatar a tradição nacional por meio da Literatura do Norte e também mostrar aos leitores de que a educação poderia evitar o banditismo do sertão nordestino.
Traz em sua narrativa, características marcantes do realismo, do naturalismo e do romantismo. Possui uma linguagem que se apresente bem regional, simples e sem exageros.
O Cabeleira possui três facetas, logo no início mostra José Gomes, um menino com sentimentos puros e com uma boa índole. Já em sua juventude, mostra um rapaz temido e sanguinário, moldado pelo pai ignorante, que ao invés de inspirar confiança e bons hábitos, desencaminha-o para o lado da desgraça. E por fim, mostra O Cabeleira transformado pelo amor que sente por Luisinha, um homem que inspira pena e confiança.
FOCO NARRATIVO
A narrativa é composta em terceira pessoa por um narrador onisciente e onipresente, que conhece os fatos e sua sucessão. Desde o princípio do livro o narrador conduz o leitor a enxergar a realidade dos fatos por ele enfocados, e após ler a obra, conclui-se que o narrador tenta mostrar a realidade da seca do nordeste, a falta de educação, e principalmente a falta de justiça que se encontra no norte do país.
PERSONAGENS
A obra traz no nome do livro o nome do personagem principal, O Cabeleira, que é o apelido de José Gomes. Ele foi um dos cangaceiros mais temido de Pernambuco. Personagem que oscila entre o mocinho e o bandido ao longo da vida, e se transforma ao reencontrar Luísa, o amor de sua vida.
• Luísa: é uma das personagens importantes também no romance, possui uma boa educação, é uma personagem plana, já que nunca surpreende o leitor com seus comportamentos e atos: aconteça o que acontecer, está sempre ao lado de José Gomes;
• Joaquim Gomes: pai de José Gomes, é