O Cabeleira
Sumário
Introdução 3
Franklin Távora 4
O Cabeleira 6
Conclusão 8
Bibliografia 9
Introdução
Ao acompanhar a trajetória do bandido, Franklin Távora oscila entre a análise objetiva e o recurso idealizador. José Gomes, o Cabeleira, nos é mostrado como fruto de circunstâncias ambientais e há registros interessantes sobre a vida nordestina, principalmente sobre a seca. Igualmente a pesquisa histórica que realizou acerca do cangaceiro é séria e confere valor documental ao texto.
Fora isso, Távora apresenta uma visão progressista sobre o cangaço, pois acredita que um bom sistema educacional resolveria muitos dos problemas do banditismo do mundo agrário. Revela assim a sua proximidade com aquela ideologia "ilustrada" que Castro Alves e outros românticos da última geração expressavam: a crença de que o progresso e a harmonia social viriam através do livro e da escola. Verdade que isso se dá no relato através de insistentes interrupções do narrador. Esses comentários marginais tornam-se, completamente inúteis à sequência da ação romanesca.
O narrador aproveita-se do final para manifestar sua indignação com a pena de morte e acusar a sociedade:
A justiça executou o Cabeleira por crimes que tiveram sua principal origem na ignorância e na pobreza.
Mas o responsável de males semelhantes não será primeiro que todos a sociedade que não cumpre o dever de difundir a instrução, fonte da moral, e de organizar o trabalho, fonte de riqueza?
Franklin Távora (1842-1888)
João Franklin da Silveira Távora nasceu na cidade de Baturité-Ceará, no dia 13 de Janeiro de 1842. Seus pais eram Camilo Henrique da Silveira Távora e Maria de Santana da Silveira. Seus primeiros estudos foram em