O brincar e subjetividade em participantes do programa peti (programa de erradicação do trabalho infantil): desafios e possibilidades
O presente trabalho consiste em uma pesquisa-ação, sendo parte das atividades disciplina de Estágio Obrigatório Básico II, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no campus de Paranaíba. Esta atividade foi realizada por acadêmicos do 6° semestre de Psicologia. Essa disciplina tem como objetivo desenvolver projetos de pesquisa-ação, no campo de psicologia. A pesquisa ocorreu no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) de Paranaíba/MS, que oferece diversos projetos com famílias, crianças, adolescentes, adultos e idosos. As relações que investigamos entre o eu e o outro, que envolviam aspectos de agressividade seguiu a linha da violência e subjetividade. O primeiro contato com essa unidade ocorreu a partir de reuniões com todos os profissionais que atuam nos CRAS no município de Paranaíba. A partir de observações decorrentes da ação desses profissionais, e de cada projeto executado no CRAS, escolhemos onde iríamos atuar, e o programa que mais nos chamou a atenção foi o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), localizado no CRAS, do bairro Industrial de Lourdes. A partir de observações semanais no cotidiano do PETI, notamos que as crianças apresentam um comportamento agressivo no relacionamento entre elas, com as monitoras e demais funcionárias. Contudo vimos à necessidade de mediar essas ações de agressividade por parte das crianças, a fim de ajudá-las em uma maior reflexão para isso utilizamos de dinâmicas e brincadeiras. Ao desenvolvermos essa pesquisa ação, tivemos que entender as múltiplas dimensões teóricas sobre assistência social, políticas públicas e violência no âmbito familiar, sendo esta última um processo de subjetivação, tornando-se visíveis no brincar e jogar das crianças e adolescentes, que não percebiam o outro e as suas necessidades.
O modo de se relacionar através do brincar, gesticular e dialogar com o outro era um tanto quanto individualista, existia a dificuldade de