O brasil é o menos vulnerável entre os emergentes?
Introdução
Logo depois da crise econômica global de 2007 surtir seus primeiros efeitos, os paises emergentes passaram a desempenhar um papel central como receptores da poupança mundial. Como resultado do aumento de liquidez nesses paises, observou-se um crescimento médio de 6,5% por ano de 2006 a 2011 entre os emergentes, enquanto uma estagnação do consumo nos paises desenvolvidos resultava num crescimento médio de 1,1% no mesmo período, segundo o Conference Board. Enquanto a situação de endividamento das familias e empresas nos paises desenvolvidos era progressivamente sanada, oferecendo perspectiva de retomada de crescimento, novas vulnerabilidades apareceram novamente entre os principais emergentes (Brasil, Russia, China, India).
A primeira vista, na conjuntura recente o Brasil parece cumular desvantagens em relação as seus concorrentes: entre os BRICs, é o pais de menor crescimento econômico, o nível de Investimento Privado oscila há anos num patamar abaixo de 20% do PIB , e o aumento da inflação demonstra um descompasso entre um desejo de consumo alimentado por crédito farto e a ofertada de produtos limitada por uma Produtividade Total dos Fatores estagnada há mais de 20 anos . As contas internacionais também são assunto de preocupação: o Brasil registrou seu primeiro déficit em seu balanço de pagamentos externos em julho de 2013.
Porém, apesar desses desequilibrios macroeconômicos, o Brasil “deve continuar no trilho, ainda que de forma lenta e medíocre” , e não apresenta o mesmo risco sistêmico que os outros emergentes.
China
O modelo de crescimento chinês, baseado sobre uma altíssima taxa de investimento e um nivel de consumo interno baixo, está encontrando seus limites no cenário macroeconômico atual. A demanda anêmica dos paises desenvolvidos está começando a impactar as exportações chinesas. Ao buscar um novo modelo econômico baseado num consumo interno maior fomentado