O brasil foi um dos países que mais receberam investimentos externos em 2010
A UNCTAD (sigla em inglês para a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento) divulgou recentemente o Global Investment Trends Monitor Report, com dados dos investimentos diretos estrangeiros (IDE) realizados globalmente em 2010.
O Brasil registrou um aumento dos influxos de IDE de US$ 25,9 bilhões em 2009 para US$ 30,2 bilhões em 2010, com uma expansão de 17,0%, colocandose no 10º. posto no ranking mundial (4º. entre os países em desenvolvimento).
Foi a maior taxa de crescimento dentre os BRIC e superior em comparação aos outros países asiáticos, que cresceram em média 10,0%.
Como já sabemos pelos dados do BCB que o Brasil em novembro já havia recebido US$ 33 bilhões e o número preliminar para o ano é de US$ 38 bilhões, a versão definitiva do relatório da UNCTAD deve apresentar uma posição de destaque ainda superior para a economia brasileira.
O estudo aponta ainda para uma estagnação dos fluxos globais de IDE de US$ 1,114 trilhão em 2009 para US$ 1,122 trilhão em 2010, sendo que esse é um resultado do recuo de 7,0% dos fluxos de IDE para os países desenvolvidos, que caíram de US$ 565,9 bilhões em 2009 para US$ 526,6 bilhões em 2010.
Dentre esses países, destacaram-se positivamente a Áustria (+77,0%), Bélgica
(+49,0%), EUA (+43,0%) e Suécia (+11,0%). Os destaques negativos foram a Itália
(-35,0%), Luxemburgo (-56,0%) e Polônia (-9,0%).
Os influxos de IDE para os países em desenvolvimento cresceram 9,7%, com aumento de US$ 548,2 bilhões em 2009 para US$ 595,3 em 2010 superando, pela primeira vez na história os países desenvolvidos, segundo o levantamento histórico da UNCTAD. Os melhores desempenhos foram observados na Indonésia (+161,0%), Cingapura (+123,0%), México (+53,0%) e Chile (+43,0%).
Outros países não conseguiram manter o ritmo de absorção de capital estrangeiro observado nos últimos anos. A Rússia registrou expansão moderada de 3,0%,