O Brasil em tempos de ditadura
“Em 64 a nação recebeu um tiro no peito. Um tiro que matou a alma nacional, (...) Os personagens que pareciam fazer parte da história do Brasil como nós imaginávamos, esses personagens de repente sumiram. Ou fora do poder, ou presos ou mortos. E em seu lugar surgiram outros, que eu nunca tinha visto. Idiotas que nem mereciam ser notados. (...) Aí veio a percepção clara que o Brasil tinha mudado para sempre. (...) Havia sido cometido um assassinato político. Ali morreu um país, morreu uma liderança popular, morreu um processo. (...) Não se matam somente as pessoas, também se matam os países, os processos históricos.(...)”
(Herbert de Souza – Betinho) A deposição de Jango
No inicio de 1964 a situação do país era praticamente insustentável;
Desesperado, Goulart realizou um grande comício (o comício das reformas de base), onde assinou vários decretos: como a desapropriação de terras federais para reforma agrária, além da reforma eleitoral; Esse discurso teve impacto nas forças conservadoras do país, que exigiram a deposição do ‘’presidente comunista’’;
João Goulart foi deposto em 1º de abril de 1964, por militares sediados em Minas Gerais, que marcharam para o Rio de Janeiro.
AI-1
Deposto Jango o poder passou a uma Junta Militar, que em 9 de abril decretou o Ato Institucional nº1 (o AI-1), que estabelecia a escolha do novo presidente por eleições indiretas (pelo Congresso), e dava o direito ao presidente a cassar e suspender os direitos políticos por 10 anos;
Assim em 11 de abril de 1964, o congresso nacional elegeu o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco para a presidência.
O Governo de Castelo Branco
Ao assumir a presidência, afirmava que seu objetivo era implantar uma “democracia restringida” – para ele, isso significava atuar na reformulação política e econômica do Estado, com o propósito de “combater o comunismo e promover a consolidação da democracia”.
Entre os primeiros cassados pelo governo