HAHA
Acompanhar a história da música é o mesmo que acompanhar o desenvolvimento do ser humano na Terra: desde os tempos pré-históricos até hoje, a música está presente entre o homo sapiens. Na busca de uma “arqueologia musical”, podemos imaginar que, antes do aparecimento dos primeiros instrumentos, o já homem fazia a sua música, imitando os sons da natureza: gritos, sons corporais, batendo com paus, ramos, pedras, conchas. Quando o homem começou a produzir sons intencionalmente se iniciou a longa caminhada que chamamos “História da música”. Há diversos vestígios, especialmente entre as pinturas nas cavernas espalhadas pelas mais diferentes regiões do mundo, de que o homem pré-histórico, antes mesmo do período Neolítico, utilizava a música. Ela era utilizada basicamente nas cerimônias rituais: encorajamento para a caça, evocação das forças da natureza, culto aos mortos. No início, eram usados somente a voz e outros sons do corpo, mas, ao longo do tempo, o homem pré-histórico foi construindo instrumentos e com eles acompanhou essas músicas e danças para torná-las mais ricas e assim agradar aos deuses.
Essa “investigação” arqueológica sobre a relação do homem pré-histórico com a música apresenta muitas dificuldades. Contudo, uma boa maneira de tentar compreender como o homem desse período vivenciava a música é conhecer um pouco mais sobre a música indígena brasileira. Este grupo de nossa sociedade preserva uma rica cultura musical, correspondente ao período Neolítico da história humana. No capítulo sobre a “Breve História do Brasil Musical”, saberemos um pouco mais sobre como é a música indígena brasileira e será possível, então, fazer uma verdadeira “viagem no tempo” para compreender a relação do homem, em seu período tribal, com a música.
À medida que as sociedades humanas adquiriam uma organização mais complexa, também a música se tornava mais elaborada, com a criação de novos instrumentos. Na região da Mesopotâmia, onde viviam os sumérios,