O Brasil de Vargas a JK
Nos primórdios da instauração da República brasileira o cenário econômico nacional era imensamente menos dinâmico do que a dos países a quem respondia. O que é algo lógico, já que o país vinha de anos a fio como uma espécie de reserva de riquezas dos colonizadores. O modelo que os primeiros governantes brasileiros da República Velha (chama-se assim o período em que sucedeu a instauração da República, para também diferenciar da chamada República Nova ou Estado Novo) acharam para alavancar o desenvolvimento econômico nacional foi investir na produção e cultivo do café para exportação, depois de falhas tentativas de industrialização no século XIX. E nisto, começou a construção do Brasil que vemos hoje: de fácil adaptação ao clima, o cultivo do café foi largamente incentivado por diversos Estados da Nação, expandindo os horizontes e formando as grandes cidades do país. O cultivo e a exportação estavam fortemente ligados à Inglaterra, que por meio de empréstimos de seus bancos, “auxiliavam” aos produtores nos custos de transporte e envio.
Os resultados foram ferozes: já habituado no continente europeu e sem a concorrência do Haiti, a exportação do café representava mais da metade do total nacional, representando em desenvolvimentos reais e com isso, a vinda de imigrantes em busca de riquezas e perspectivas em virtude do sucesso do cultivo. Prosseguiu o crescimento assim, até o início dos anos 1920, onde começou a quase estagnação nos índices. Aí já estava exposto o grande problema do modelo exportador baseado quase que somente na produção de um produto: a fragilidade e insegurança de um produto que depende de fatores externos (tanto na produção com o uso de maquinários estrangeiros quanto na própria exportação) levam o país a um constante estado de temor de uma eventual crise. Que neste específico caso, realmente aconteceu: a crise da quebra da Bolsa de Valores em Nova York desmanchou a economia mundial e brasileira em