As desigualdades sociais no Brasil - Tempo de Vargas e JK
Na Era Vargas
Em 1930, foi iniciada a era Vargas, onde o Brasil, antes rural, foi se transformando em um país urbano e industrial. Essa era veio acompanhada de investimentos do Estado, criando condições para o Brasil se industrializar. O Estado criou leis trabalhistas, investiu fortemente em infra-estrutura, deu subsídios para a economia, além de inaugurar a indústria, que serviu de base ao crescimento do país. Foi notável a eficácia da política econômica brasileira em termos de crescimento, porém, ela não teve a preocupação de gerar empregos, nem deu devida importância à geração de distribuição de renda. O Brasil enriqueceu, porém essa riqueza não diminuiu o número de pobres; inclusive, esse período acabou direcionando para as favelas, a população do campo que vinha em busca de oportunidades mas não encontrava, e acabavam vivendo em condições muito precárias. O caráter básico dessa política econômica, foi o desenvolvimento de setores da produção que economizavam mão-de-obra, por exemplo, o setor de bens de consumo duráveis; e isso resultou em um desenvolvimento que não gerava empregos suficientes para a população economicamente ativa do país e ajudava a tornar os salários cada vez mais baixos.
Durante o governo de Juscelino Kubitschek
Entre as décadas de 1950 e 1960, período paralelo ao segundo período da presidência de Vargas (de 1951 a 1954 através do voto direto) e ao governo de Juscelino Kubitschek (que ocorreu de 1956 a 1961), o Brasil conseguiu um grau significativo de industrialização, sem romper com o desenvolvimento. O modelo de crescimento industrial não significou uma melhoria nas condições de vida da maioria da população. E esse processo resultou em uma acumulação de riqueza em larga escala, sem resolver os problemas relacionados com a pobreza, agravando-os. Os problemas com a desigualdade se tornaram ainda mais evidentes e a busca dos sociólogos por soluções, para o fim das