O Brasil Colônia na visão de Caio Prado Júnior
1179 palavras
5 páginas
Caio Prado Júnior apresenta a colônia brasileira como totalmente submissa à metrópole portuguesa. A economia era estruturada objetivando somente a transferência de lucros para Portugal e sua base se assentava na exportação, monocultura e trabalho escravo. O mercado interno na colônia era praticamente inexistente. Para Celso Furtado a colônia se organizava em função do mercado externo. Assim como Caio Prado Júnior, desqualificou o mercado interno e também se deteve na monocultura, latifúndio e escravidão. Esses autores, embora não neguem a existência de um mercado interno, atribuem-lhe uma baixa complexidade, identificando-o como uma forma rudimentar de subsistência. Para Caio, a colonização tinha um claro sentido, que era o fluxo de matéria-prima da colônia para Portugal. E furtado via a colonização como instrumentos de poder do Estado, uma vez que ela possibilitaria enriquecimento e fortalecimento do Estado. Sua perspectiva polarizou as relações entre Europa e Novo Mundo em metrópole e colônia, sendo que a relação entre essas era unívoca, total dependência da segunda para com a primeira. Josué de Castro traça o mapa da fome no Brasil tendo como base a colonização portuguesa, que, segundo ele, teve como característica uma dinâmica desordenada, sem planejamento, sem direção e que não foi realizada pelo Estado
A produção colonial, que formou a evolução da Idade Moderna, desde os primeiros descobrimentos, visava a abertura de novos mercados para o mercantilismo europeu com o amadurecimento das causas econômicas e sociais, que levaram às primeiras independências no continente americano. Assim, o sistema colonial do mercantilismo dá sentido à colonização européia no período entre os descobrimentos marítimos e a Revolução Industrial. Os descobrimentos vieram como fator preponderante para o abastecimento das metrópoles européias, que buscavam manter seu nível de crescimento. A tarefa essencial das colônias constituía em dar à metrópole o desenvolvimento econômico