O bem amado
O filme “O bem amado” baseado na obra de Dias Gomes e produzido por Guel Arais, foi trabalhado em cima da realidade “hipotética” da política brasileira de forma inusitada e retratando o cenário político entre a fictícia Sucupira e o Brasil prestes a entrar no Regime Militar na década de 60, onde o coronelismo era extremamente presente na região nordestina. O filme traz a História de Odorico Paraguaçú, o prefeito de Sucupira. Toda trama gira em torno da construção e inauguração de um cemitério na cidade, que gera grande confusão por conta da falta de defunto, que no desencadeamento da história causa serias consequências para Odorico. Essa questão só é solucionada no final do filme com a morte do próprio prefeito que finalmente cumpre sua promessa e inaugura o cemitério. O filme faz uma forte critica a corrupção e ao povo submisso e ludibriado pelos políticos, expressando de forma cômica uma caricatura do Brasil e a sua falsa democracia. Com essa analise pretendemos apontar com o olhar crítico, a relação percebida por nós entre a concepção de Democracia exposta no filme “O Bem Amado” e a nossa própria visão do que é Democracia.
Conclusão
O filme “O Bem Amado” retratando as formas de política e principalmente de “politicagem” presentes na década de 60, nos faz automaticamente compara-las as dos dias atuais. Isso ocorre pela percepção da incrível semelhança entre os dois períodos, nos expondo que o modo político atual é uma forma antiquada, desrespeitosa e aristocrática. A democracia proposta pela nação não foi e continua não sendo seguida da maneira que se deveria. O que nos difere do Regime Militar é apenas o poder de falar, cantar, e nos expressar “livremente” sem sermos mortos, presos ou banidos de nosso país, mas nossa voz e nossas ações para contribuir com a verdadeira democratização de nossa nação ainda sofrem repressão e são censuradas. O governo se tornou um sistema cíclico incapaz de se desprender do