o banquete
O Banquete
, de Platão.
O Banquete
: Colóquio ou Digladiação?A caminho da cidade, Apolodoro e seu Companheiro cujo nome não é citado na obra,são interrompidos por Glauco. Este estava ávido por informações precisas sobre obanquete que fora oferecido por Agatão. Lá, Agatão, juntamente com outros convivas,havia discutido questões relacionadas à essência do amor. Apesar de ser tido como umsimples colóquio sobre o Eros ( philia, amor ou amizade
), O Banquete, também pode serconsiderado uma digladiação porquanto, cada um dos compartes, tenta, por meio daeloqüência, fazer o melhor discurso. O debate, sobre o amor em questão, inicia depoisda fala de Fedro, o primeiro a discursar, e, para tanto o pai do discurso. Fedro, no princípio de sua fala diz: “ Eros era uma divindade poderosa e admirável, tanto entre oshomens como entre os deuses, por várias razões, mas, antes de tudo, pelo seunascimento
”. O amor é o deus mais antigo, mais respeitável e o mais autorizado a levaro homem à posse das virtudes e da felicidade, nesta vida e depois da morte. O discursocontinua Pausânias, o próximo a falar tenta dar uma definição mais concreta em defesado tema amor, censurando, portanto, o discurso anterior. Ele coloca o amor como sendosinônimo de liberdade para o homem, e diz que existem dois tipos de Eros, um seriaantipoético e repudiável(
Vênus Vulgar
), haja vista a tendência para satisfazer, apenas os apetites sexuais, ou seja, “ se aproxima mais pelo corpo que pela alma
”.
O outro seriauma força educadora(
Vênus Celeste
), ou seja, que desvia os amantes, dessas açõesrepudiáveis. É constante e fiel, cujo objeto de suas afeições é estável e duradouro.Pausânias ao findar de sua fala, diz que o Eros é digno, pois, exprimi a liberdade doindividuo em fazer determinadas coisas ou não. Ele, também fala que o amor aproximao indivíduo das virtudes tendo em vista sua condição de amante, e, também que o amoré pautado pelas leis: