Gestão de Produção
1. INTRODUÇÃO
As transformações econômicas e avanços tecnológicos determinam o desenvolvimento das novas formas de gestão da produção, nos últimos 55 anos (1957-2012) constituíram uma época de grandes mudanças na gestão e organização do sistema produtivo das empresas industriais em todo o mundo (MARTINS; LAUGENI, 2001). Dois grandes grupos de mudanças foram marcantes nesse período. O primeiro foi o grande desenvolvimento tecnológico ocorrido em termos de máquinas, sistemas de informações, automação, robótica, telecomunicações, entre outros, que tornaram possível um planejamento e controle mais eficiente das operações. O segundo está relacionado às transformações relativas às novas filosofias, conceitos e métodos de gestão de recursos humanos. Estes passaram a ser vistos, principalmente a partir da década de 1980, como a principal fonte de vantagem competitiva das empresas (MARTINS; LAUGENI, 2001).
O ano de 1955 marca o início do esgotamento do modelo conhecido como “produção em massa”, em sua forma amadurecida. Os conhecimentos de gestão desenvolvidos por Taylor, Ford e Sloan trouxeram, desde o início do século XX até essa data, avanços sem precedentes à produtividade das empresas dos EUA (ROCHA, 1995).
No Brasil até o final da década de 1970, a gestão industrial da maior parte das empresas baseava-se no sistema de produção em massa. A produção enxuta teve grande divulgação a partir da década de 1980. Muitos livros sobre o assunto foram lançados, muitos técnicos estrangeiros vieram ao país e muitas missões foram ao Japão para aprender o máximo possível sobre aquela nova filosofia de produção, que trazia ganhos tão elevados na eficiência da gestão industrial e na qualidade dos produtos. Boa parte das empresas, porém, procedeu a uma implantação parcial do sistema de produção enxuta, uma vez que esta mostrou se bem mais complexa do que parecia a priori (WOMACK, 1992).
Mesmo assim, alguns dos princípios