O assistente social como trabalhador assalariado

Apresentação

Este texto contém a síntese da análise do artigo “O assistente social como trabalhador assalariado: desafios frente às violações de seus direitos”, de Rachel Raichelis, professora da PUC-SP, a partir de alguns entendimentos extraídos de Sérgio Lessa, Marilda e Iamamoto e José Paulo Netto no debate a cerca da relação entre Serviço Social e a categoria Trabalho.
O artigo em tela foi escrito com base em palestra proferida em mesa redonda do 4º Seminário Anual de Serviço Social: Crise do capital, trabalho e lutas de resistência: assistentes sociais no enfrentamento da superexploração e do desgaste físico e mental (2011). Nele a autora se propõe a trazer ao debate reflexões sobre os processos precarização e violação de direitos a que estão submetidos o assistente social, enquanto trabalhador assalariado, no contexto das transformações e redefinições do trabalho na contemporaneidade. O texto é composto de quatro partes: primeiramente tece um esboço a cercadas mudanças societárias ocorridas nos últimos anos e seus significados para o mundo do trabalho, a segunda parte apresenta a análise do Serviço Social no âmbito da divisão sociotécnica do trabalho e o processo de assalariamento do assistente social; a terceira parte discute os limites da autonomia do assistente social em tempos de intensificação e precarização do trabalho, e finalmente, as considerações finais trazem alguns desafios que se apresentam aos assistentes sociais nos últimos anos.
O ponto de partida da análise da autora alinha-se ao posicionamento de Marilda Iamamoto explícito em diversos textos, como por exemplo, Dimensões político-ideológicas e teórico-metodológicas do Serviço social, “Os espaços sócio-ocupacionais do Assistente Social” e “O serviço social na cena contemporânea” ao situar o assistente social como trabalhador assalariado, titular de uma profissão especializada inscrita na divisão social e técnica do trabalho coletivo. Valendo-se para esta análise dos postulados de Marx a