serviço social na contemporaneidade
INTRODUÇÃO: CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
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Para entender o Serviço Social na contemporaneidade com todos seus limites e desafios, se faz necessário um primeiro contato com o capitalismo contemporâneo e suas determinações como a financeirização do capital, a necessária reestruturação do processo produtivo e finalmente o neoliberalismo que serve como cola ideólogica no processo contemporâneo. Faremos também, mesmo que de forma introdutória, um retrato das particularidades da questão social no Brasil contemporâneo. A financeirização do capital é o resultado de uma superacumulação produtiva, ao passo que para o capitalista é mais interessante não investir na produção do que o fazer sem lucros. Com a queda das taxas de lucro ao final do período conhecido como "anos dourados" há um incrível montante de capital sob a forma dinheiro que não vai mais se valorizar na esfera produtiva, então vai ser dirigida à empréstimos com o intúito de sugar os juros na mais valia global, sendo usado como capital especulativo. Esse "capital virtual" que não coincide com a existência de valores reais, passa a ser a forma que mais movimenta financeiramente o mundo contemporâneo. Braz e Netto definem a financeirização ao lado da reestruturação produtiva e a disseminação da ideologia neoliberal como um consructo de respostas capitalistas ao esgotamento do crescimento econômico que é experimentado desde a década de 1970, como exposto acima, a financeirização é justamente a tentativa de retomada de lucros. A reestruturação produtiva está aqui como forma de produzir o máximo ao menor custo: Produzir novos produtos, de fomas variadas para novos nichos de consumo, usando tecnologias para diminuir o trabalho vivo que por sua vez tem de ser melhor preparado para tal ocupação, responde assim ao esgoramento do padrão fordista-taylorista,