Trabalho e serviço social: um debate contemporâneo
A partir dos anos de 1990, o contexto brasileiro apresentava transformações advindas da reestruturação produtiva, em que foram introduzidas novas formas de produção e de organização no mundo do trabalho, em decorrência, apresntou-se aumento considerável dos serviços, com a consequente inserção dos trabalhadores neste ramo e a diminuição dos operários nas indústrias. Fato que gerou questionamentos sobre a centralidade do trabalho. Consequentemente, no meio teórico, especialmente do Serviço Social, houve muita inquietação: havia necessidade de se afirmar essa centralidade do trabalho. Contexto apropriado e fértil, para as produções téoricas que procuravam sedimentar e confirmar tal centralidade, agora discutindo a relação trabalho X questão social, pontuando-a como um dos eixo central teórico do Serviço Social. O olhar da profissão do S. Social para este tema era justificado e argumentado, pelos teóricos, que, diante da ofensiva do capital sobre o trabalho no neoliberalismo e as transformações na esfera produtiva, a melhor estratégia de enfrentamento dessa nova aurora era considerar a profissão como trabalho. Creio que, nesse caso, a categoria trabalho seria “aparentemente”(aspas nossas) considerada como trabalho na concepção marxiana do termo:” trabalho como fundante do ser social “ (Marx,1996) que transforma a natureza, constituindo-se a determinação ontológica mais decisiva do ser social, que na medida em que, modifica o mundo natural ao mesmo tempo transforma-se a si mesmo, resultando na criação contínua de novas possibilidades e necessidades. A categoria trabalho segundo Marx,
“(...) o trabalho é um processo entre o homem e a Natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação,media, regula e controla seu metabolismo com a Natureza.Ele mesmo se defronta com a matéria natural como força