O Debate Brasileiro Contempor Neo E A Tradi O Marxista
É de grande importância conhecer a história do Serviço Social no Brasil para que possamos entender que ele nasceu dopensamento conservador, tanto na maneira de pensar como de agir na sociedade capitalista. Era presidido pela doutrina social da igreja católica e seu desdobramento na doutrina neotomista. Ao passar dosanos percebemos que a profissão de serviço social foi evoluindo e se atualizando seus fundamentos científicos e técnico-interventivos, sem questionar os pilares da ordem burguesa.
À medidaque o Serviço Social passa a ser absorvido pelo Estado e pelos interesses dos segmentos industriais da burguesia que vão adquirindo dominância no bloco do poder, o caráter anticapitalista daquelacrítica vai se diluindo, passando-se a apregoar uma sociedade moderna, mas as lutas e ameaças que dela decorrem frontalmente, preservando-se, pois o tônus romântico da crítica. O Serviço Social adere àsociedade industrial, mas, dela procurando eliminar “os perigos que revolucionam e a dissolvem”.
Essa herança conservadora não se choca com a crescente racionalização dos métodos eprocedimentos de intervenção, atribuindo-lhes um verniz científico e asséptico, à base das premissas metodológicas funcionalista das Ciências Sociais. Embora contraposto ao conservadorismo profissional, mantémcom ele, uma linha de continuidade. É esse o elo que faz com que a reconceituação não ultrapasse o estágio de busca de ruptura com o passado profissional.
A junção de um marxismopositivado e de uma ação política idealizada sã as novas capas de um velho e sempre o mesmo problema que perpassa a trajetória do Serviço Social. O positivismo tende, pela sua natureza, consolidar a ordempública, pelo desenvolvimento de uma sábia resignação, ante as conseqüências das desigualdades sociais.
A tradição marxista
A tradição marxista no serviço social ocorreu ao longo do “processo de reconstituição”, emerge na metade dos anos 1960, e com isso