O ano do fragao
A China há alguns anos já é o maior parceiro comercial do Brasil. As exportações brasileiras para aquele país passaram de 2% em 2000 para mais de 17% em 2011, em sua maioria materiais básicos para sustentar seu crescimento e alimentar seu povo. A estratégia da China é a de ser o parque industrial de todas as nações do mundo, oferecendo em contra partida preços baixos, condições comerciais adequadas e agilidade na produção, logística e entrega em qualquer parte do globo. Está dando certo. Onde tem possibilidade de mercado para produtos industrializados, tem Chinês envolvido de alguma maneira. A previsão de crescimento do PIB chinês para 2011 novamente surpreendeu positivamente os "técnicos das bolas de cristal" e fechou o ano em 9,2% (era esperado algo em torno de 8,2%).
Este ano de 2012 começou com uma notícia interessante vinda do oriente: A China deixou de ser um país predominantemente rural. Lá atualmente vivem mais pessoas nos centros urbanos que nas zonas rurais. Como a vida no campo na China é fundamentalmente de subsistência, essas pessoas que vão viver nas cidades passam a receber salários e a comprar produtos de consumo. Uma pesquisa feita ao final de 2011 com mais de 15.000 Chineses revelou três pontos importantes: I - A confiança dos consumidores chineses está atualmente na mais alta taxa da década. Isso significa que eles esperam ter maior disponibilidade de recursos para consumir; II - Apesar de decrescente, a quantidade de pessoas que compram produtos pela primeira vez (first time buyers) ainda está elevada. Isto é reflexo da urbanização do país e de que muitos nichos de mercado ainda não estão maduros por lá; e III - Os consumidores chineses não têm lealdade às marcas, percebem o valor transmitido por elas, mas esse valor percebido não é suficiente para ser convertido em fidelidade.
O que isso tem a ver com o Brasil? Tudo. Atualmente além de maior parceiro comercial brasileiro, a China também tem o maior potencial de