o amor
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Marina Oliveira e Rita Trevisan do UOL, São Paulo
20/05/201314h22
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Reprodução/ Wikimedia Commons
Ignorar as quatro virtudes básicas pode fazer da vida um inferno. Acima, detalhe da obra "Jardim das Delícias Terrenas - Inferno" (produzido entre 1480 e 1505), do pintor holandês Hieronymus Bosch
As virtudes morais são responsáveis por guiar a conduta do ser humano. Antes de Cristo, os filósofos já falavam sobre o assunto em seus escritos, mas foi Platão quem defendeu que quatro virtudes principais caracterizam a essência humana: a prudência, a coragem, a temperança e a justiça. "Estas são as chamadas virtudes cardeais, aquelas que todo homem deveria possuir", afirma o filósofo e professor Marco Zingano, autor do livro "As Virtudes Morais" (Editora Martins Fontes).
No sentido clássico, prudência significa sabedoria para escolher os melhores meios para chegar ao objetivo final. Já a coragem é a ação diante do perigo, enquanto a temperança é a capacidade de refrear os próprios desejos, inclusive os sexuais. A justiça, por fim, se relaciona com a ideia de dar a cada um o que lhe pertence. Apesar do significado de alguns destes valores ter mudado um pouco ao longo do tempo, as quatro qualidades morais descritas por Platão ainda funcionam como boas referências para orientar o comportamento no dia a dia. "A maneira de agir vai depender das circunstâncias em que as pessoas se encontram, mas fundamentado nestas virtudes é possível tomar boas decisões", acredita Zingano. A prudência, hoje, está mais relacionada com o senso da realidade, com a ideia de dar um passo após o outro, pesar as consequências e considerar os limites que certas situações e pessoas nos impõem e que não devem ser ultrapassados. A coragem é exatamente o contrário: é agir independentemente do medo. Sozinhas, estas duas virtudes podem não ser tão eficientes, mas juntas elas se complementam. "Só