O amor é fogo que arde sem se ve

383 palavras 2 páginas
O poema “ [ O Amor é fogo que arde e não se ver]” de Luís de Camões é um soneto (composição poética fixa), pois, temos dois quarteto e dois terceto e rimas. Nesse soneto, o eu lirico procura conceituar a natureza contraditória de Amor. È como se quisesse definir um sentimento indefinível. Como se o poeta procurasse diferenciar o sentir do pensar, o sentir deseja o pensar limita como o poeta não consegue separar o que pensa do que senti acontece a contradição. As contradições, por vezes, são aparentes porque o segundo membro do verso funciona como complemento do primeiro, especificando-o tornando-o ainda mais expressivo, quando confronta duas realidades diversas: uma sensível (“ferida que dói”) e uma espiritualidade, que transcende a primeira (“a não se sente”). No 1º verso, o segundo membro “ sem se ver” significa interioridade; no 2º verso, “ é ferida que dói e não” exterioridade e “não se sente” interioridade, a nação é de que não é possível querer mais, de tanto que se quer, tanto que se ama. Também o uso da palavra Amor no inicio e no final do soneto com “A” maiúsculo como se fosse um ideal superior. Na ultima estrofe tem a adversativa ''mas'' o que é uma marca de Camões que não é usado para dá enfase na segunda mas para a segunda completar a primeira. A indignação colocada no no ultimo verso, cuja palavra Amor faz com que volte ao inicio do soneto, exprime a indignação do poeta em relação ao sentimento.

Universidade Federal Fluminense
Literatura Portuguesa II

Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu

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