O amor segundo schopenhauer
CENTRO DE HUMANIDADES – FILOSOFIA
Professor Ms. Edson Ferreira da Costa
Mariana Lima Garça
A maioria das pessoas gosta de pensar no amor como o centro de nossas vidas e o meio pelo qual chegaremos à felicidade. O amor sempre foi um tema intrigante para as pessoas, mas, estranhamente, é um tema que, por muito tempo, foi negligenciando pelos filósofos. Geralmente o assunto costuma ser tratado apenas por poetas e artistas, então, quando Schopenhauer começou a teorizar sobre o tema, encontrou-se parco de predecessores para se valer.
Mesmo assim, Schopenhauer tratava o amor com muita seriedade, pois considerava que era uma das questões centrais da vida. Schopenhauer escreveu: “O fim último de toda disputa amorosa [...] é realmente mais importante que todos os outros fins da vida humana, e, portanto, merece por inteiro a seriedade profunda com a qual cada um o persegue.” Dessa forma, Schopenhauer buscou explicar o amor com a tese sobre a qual discorre no livro Metafísica do Amor, onde ele explica, de forma bastante clara e lógica, a razão pela qual as pessoas se apaixonam.
Schopenhauer acreditava firmemente no amor e em sua força transformadora, mas de uma forma diferente da que pensamos hoje. Ele dizia que o amor é uma estratégia da natureza, que nos ilude com o objetivo de procriar e garantir a continuidade da espécie.
Todo enamorar-se tem origem no impulso sexual, que é, na verdade, a vontade de vida de um novo ser. Schopenhauer diz: “O que, por fim, atrai com tal força e exclusividade dois indivíduos de sexos diferentes, um para o outro, é a vontade de vida que se expõe.” Esta vontade de vida nos leva, inconscientemente a escolher um parceiro que, biológica e psicologicamente tenha características que completem as nossas. Dessa forma daremos origem a um novo indivíduo, que, por ser a combinação certa dessas características, será harmonioso, evoluído e equilibrado.
Um fato curioso é que, precisamente porque a paixão gira em