Conceito e análise crítica - As dores do mundo - Schopenhauer
Schopenhauer é um filosofo que parece entender a intensidade do que sentimos quando nos apaixonamos. Ele pensava que estavamos certos em viver em função do amor e que não havia outra coisa mais importante. Nosso erro, segundo ele, era pensar que a felicidade tinha a ver com isso, pois dizia que o amor não é um assunto banal, que não devemos vê-lo como distração de assuntos mais sérios, não é por acaso que se trata de um sentimento tão avassalador capaz de tomar conta da nossa vida e de todos os seus momentos.
Schopenhauer diz que não devemos nos culpar tanto pelo estado de desespero e obsessão em que entramos se o amor fracassar, nem ficarmos surpresos com a dor da rejeição e ignorar o quanto de entrega tal aceitação exigiria e afirmava “porque o que está no jogo é a sobrevivência da espécie”. Para Schopenhauer nós nos submetemos ao amor por conta própria através da imaginação do parceiro perfeito e isso acontece por uma única razão: o impulso biológico para perpetuar a espécie – assim o chama de “Impulso da vida”, sendo assim o amor uma tática da natureza para nos levar a ter filhos, sendo escravos deste impulso; o da vida. O fundamental da tese de Schopenhauer é que o amor é apenas nosso impulso de vida, isso nos levaria a busca por alguém que se considere ideal (pai ou mãe) para os nossos filhos e isso levou Schopenhauer a reflexões interessantes sobre as regras da atração e que rege que nos atraímos por pessoas capazes de contrabalancear nossas imperfeições, garantindo assim, filhos fisicamente e mentalmente equilibrados.
Por fim Schopenhauer diz que não há procura pelo “eu psicológico”, mas sim pelo “eu biológico”, isto é, a biologia é mais forte que a razão, assim há infelicidade por mero acidente, essencialmente falando, mas que somos iguais a todos os outros animais, pois nos sentimos impelidos a encontrar um parceiro a gerar filhos e criá-los, e somente a força poderosa como o amor seria capaz de nos motivar para isso.