Schopenhauer

Schopenhauer e o amor: Schopenhauer nasceu na Alemanha e foi um dos poucos filósofos a falar sobre o amor, que pode ser considerado quase um tabu da filosofia em alguns casos. Mas, ao contrário do que era de se esperar, suas ideias não são associadas à felicidade que este sentimento pode nos trazer. Segundo ele, o amor nada mais é do que um impulso biológico para a perpetuação da espécie. Concordo com o filósofo quando ele diz que devemos viver em função do amor, que é esta uma das coisas mais importantes que existem. Mas temo em discordar o motivo pelo qual este sentimento é um dos tópicos mais importantes de nossa vida. Acho que o amor é importante, pois nos trás plenitude e satisfação, que nos faz pensar em um mesmo assunto todo o dia. Acredito que o amor pode nos fazer feliz, ao contrário de Schopenhauer. Acredito em jantares à luz de velas, palavras românticas, passeios ao por do sol e casais deitados juntos observando as estrelas. Acredito em demonstrações de carinho inocente, na felizidade que tudo isso pode nos trazer. Acho que as ideias deste filósofo são pessismistas em relação ao amor. Não acredito que sejamos todos meros escravos (mesmo que inconscientemente) do "impulso da vida", da perpetuação da espécie. Um sentimento assim, tão puro, não pode ser resumido a uma questão tão científica, sistemática e simples. Talvez perpetuaremos a espécie com um amor, talvez não. Existem casais homossexuais, que se amam incondicionalmente. O caso deles não se trata de uma tentativa, mesmo que não intencional, de perpetuar a espécie. É puramente amor. Desta relação, nunca nascerão filhos biológicos, e mesmo assim acredito que o casal se ame. O mesmo ocorre com milhões de outros casais que nunca quiseram ou puderam ter filhos e mesmo assim, ainda são apaixonados um pelo outro. Schopenhauer diz que nós nos apaixonamos por alguém quando inconscientemente acreditamos que aquela seja a pessoa com quem obteremos filhos mais "perfeitos", somos atraidos