O aluno de ontem e hoje
Semana passada tive a possibilidade de comentar em um curso a diferença do aluno de hoje e do aluno de 20, 25 anos atrás.
Comentei que o aluno, no passado, era mais observador, atencioso, investigativo.
O aluno atual é 100% visual. Aprende com as imagens que o cerca e que o fazem tomar todas as decisões.
Aí você pode dizer: e uma pessoa com deficiência visual. Essa encontra outras maneiras de enxergar o mundo que o cerca.
Se você pedir a um deficiente visual, que nunca enxergou, para descrever uma nuvem, provavelmente ele vai dizer até que é branca, sem nunca ter visto uma.
Lembrei que, por causa dessa mudança radical na forma de aprender, fez com que nossas crianças fossem contaminadas por essas pragas visuais: televisão, Internet, vídeos, etc.
Com elas, vieram à falta de limites, a preguiça, a falta de objetividade e sensibilidade, o egoísmo, o desrespeito, o consumismo exagerado.
Conversei com alguns alunos e disse que, na minha época, quando um professor adentrava a sala de aula os alunos ficavam de pé, em sinal de respeito, e não se sentavam enquanto o professor não autorizava.
Que quando o diretor da escola, uma das figuras mais importantes da sociedade chegava à sala, os alunos também se levantavam, e quando este saía era aplaudido, porque suas palavras eram significavas e importantes.
Hoje os alunos mal percebem a figura do diretor nas escolas. Respeitar, então...
A educação precisa mudar para ser mais atrativa.
Ou vai ser engolida por suas próprias expectativas e falta de objetividade.
A tecnologia está aí para ser aproveitada, mas alguns ainda a veem como um robô que veio para tomar o emprego de alguns professores que nunca deveriam sequer ter entrado dentro da sala de aula.
Infelizmente é