O aborto e as religiões
Para discutir o aborto é imprescindível discutir como a vida começou.
É difícil encontrar uma pessoa que seja contra a “vida”. Assim como é difícil encontrar uma pessoa que consiga explicar o que é vida. Só no Aurélio há 18 tentativas. Por mais de dois mil anos, essa indefinição foi motivo de inquietação só para poucos filósofos. E a pergunta sobre o que é vida, e quando ela começa, virou a principal questão para responder, entre outros assuntos como a manipulação de embriões humanos, o assunto de nosso trabalho que é a questão do aborto.
Encontramos vários questionamentos a respeito da origem da vida como:
Vida é quando acontece a fecundação? Isso significa dizer que cerca de metade dos seres humanos morre nos primeiros dias, já que é muito comum o embrião não conseguir se fixar na parede do útero, sendo naturalmente expelido pelo corpo.
Vida é o oposto de morte – e então ela se inicia quando começam as atividades cerebrais, por volta do 2º mês de gestação? Vida é um coração batendo, um feto com formas humanas, um bebê dando os primeiros gritos na sala de parto? Ou ela começa apenas quando a criança se reconhece como indivíduo, lá pelos 2 anos de idade? Para outros vida é o encontro de um óvulo e um espermatozóide e, portanto, não há qualquer diferença entre um zigoto de 3 dias, um feto de 9 meses e um homem de 90 anos. Mas então por que não existem velórios com coroas de flores, orações e pessoas de luto para embriões que morrem nos primeiros dias de gravidez? Essa é uma discussão cheia de contradições e repostas diferentes. Um debate em que a medicina fica mais perto de ser uma ciência humana do que biológica e em que freqüentemente se encontram cientistas usando argumentos religiosos e religiosos se valendo de argumentos científicos. Nosso enfoque será o religioso. Vamos, então, às resposta de algumas religiões a respeito do assunto e conseqüentemente se essas religiões são ou não a favor do aborto.
O QUE DIZEM AS RELIGIÕES SOBRE O ABORTO?