Aborto e Religiões
Do ponto de vista das religiões, praticamente todas as grandes correntes condenam o ato por atentar contra a vida. A opinião pública brasileira, predominantemente religiosa, é constituída de várias vertentes cristãs na maioria, sendo 90% da população. Aproximadamente 74% declaram-se católicos romanos, de acordo com o Censo de 2000.
No cristianismo há um mandamento atribuído aos apóstolos, datado do século I, que dizia “Não matarás o fruto do ventre por aborto, e não farás perecer a criança já nascida”. Posteriormente, com a organização política da Igreja Católica Romana, o aborto ganhou forma jurídica com os concílios. No século III decretaram que a mulher que praticasse o aborto merecia a pena de excomunhão. O direito canônico atual, datado de 1398, prevê a excomunhão para todos os envolvidos no ato abortivo, inclusive médicos e enfermeiras.
A religião judaica antiga avaliava que o feto ainda não é um individuo, ou "pessoa", até o momento do nascimento, não impingindo penalidades àqueles que praticavam o aborto. Diversas correntes atuais do Judaísmo aceitam apenas o aborto no caso de perigo de vida da mulher enquanto outras permitem-no em situações mais abrangentes por decisão da mulher com apoio de terceiros nesta escolha.
No islamismo, o aborto é aceitável somente quando há risco de morte para gestante ou em casos de estupro, nas demais circunstâncias é condenado. Em caso de aborto, como até aos 120 dias de gestação o feto ou embrião tem um estatuto de vida similar a animais ou plantas esse momento é considerado o limite para a prática do mesmo por correntes islâmicas minoritárias
O budismo condena qualquer ato contra toda forma de vida, ficando assim inadmissível aceitar o aborto, exceto quando a gestação incorra em risco à mulher grávida, e mesmo quando o aborto é feito para salvar a vida da mulher, ele quase sempre é visto como causando sofrimento e carma negativo.
O hinduísmo condena o aborto,