aborto x religião
Decorrente dos dogmas e tabus, ou seguindo as influências históricas e políticas de onde se originaram, as religiões têm formas diversas e próprias de encarar o aborto. Há as que dão maior importância à saúde da mulher, e, portanto, o consideram como prática aceitável; assim como existem, por outro lado, religiões em que o direito do homem vem em primeiro lugar, logo, sendo o feto sua criação/propriedade, possui este, os mesmos direitos do homem, por isso, acabam condenando o aborto, uma vez que a vida é o seu principal direito.
Relacionamos a seguir as diversas maneiras de visão e atitudes das religiões para com o aborto.
Catolicismo
Para a Igreja Católica dos primeiros séculos, só era considerado “pecado” o aborto cometido nos dois primeiros meses da gravidez. Depois ocorreram longos debates entre o Papa, Bispos e teólogos (as mulheres, principais interessadas, nunca foram ouvidas) em que definiram a proibição do aborto em qualquer que seja fase, uma vez que acreditam na concepção da alma do novo ser no momento da fecundação, no momento exato do encontro do espermatozóide com o óvulo.
A punição dada pela Igreja Católica a quem aborta é a negação de todos os sacramentos e da comunicação com a Igreja, ou seja, a excomunhão.
Protestantismo
Assim como no Catolicismo, as Igrejas protestantes (Batista, Luterana, Presbiteriana, Unitária e Metodista) acreditam que a alma infundi-se ao corpo no momento da fecundação, ou seja, é no momento da fecundação que o feto adquire o direito à vida. Contudo, encaram a questão de maneira menos homogênea, apresentando enfoques mais flexíveis e exigindo maior respeito para com a vida materna, tendo o médico dever primordial para com a mãe, uma vez que foi esta quem o requisitou.
Foram os países protestantes os primeiros a adotarem legislações mais liberais quanto à questão do aborto.
Espiritismo
“Para o espiritismo, a união entre corpo e alma começa na concepção, mas só é completa por ocasião do