N Usea
A obra relata sobre o homem moderno que se depara com o vazio do cotidiano o esmagar a mosca sente que está libertando-a. A mosca vive programado biologicamente para uma existência predeterminada e nada vai mudar seu destino. Antoine de Roquentin, figura como o homem que não pode ser definido porque ainda não é, está em projeto
Esse lança-o na aventura da vida, na Náusea, pois ai vai encontrar outros homens também se lançando na vida e como ele, vivem a não liberdade. Eis a máxima do existencialismo: o homem existe, surge no mundo e só posteriormente se define. Não é possível defini-lo já que de início não é nada. É somente aquilo que ele faz de si mesmo, é o que ele projetou ser. o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e quer só depois se define
Não sabemos se Sartre escreveu “A náusea” baixo o efeito de algum alucinógeno, mas o fato é que o livro é impressionante. Impressiona por causa das perfeitas descrições do personagem Antoine Roquentin passando mal, são vertiginosas. Roquentin, um escritor de 30 anos, depois de viajar muito pelo mundo, decide morar na cidade (imaginária) de Bouville, de repente começa a sentir- se estranho e começa a agir, a mudar de hábitos e pensamentos por causa do que sente. Enxerga as pessoas deformadas, tem vertigens, a sua percepção da realidade e das pessoas muda. É um homem solitário, seus únicos interlocutores são Anny, sua ex- namorada, uma zeladora a qual mantêm relações sexuais e o Autodidata, que é um personagem sem nome próprio, mas sabemos que é um leitor ávido, ele lê pela ordem alfabética dos autores na biblioteca da cidade; homossexual e pederasta; Roquentin o vê tocando meninos na biblioteca, acabou aí a amizade e o Autodidata foi expulso da biblioteca.
Com os sentimentos à flor- da- pele, Roquentin passa a vivenciar sensações físicas que mudarão o sentido da sua vida. É o Existencialismo de Sartre gritando, pedindo a liberdade do “ser”. O homem só é homem