Marcos Nacionais de Memória Século XIX
No Brasil, desde o início deste século houve manifestações relacionadas à Educação Física. Na origem, os primeiros vínculos se referiram às instituições militares e à classe média, sendo conduzidos para caminhos higienistas, que visavam à melhoria da condição de saúde e de higiene da população brasileira. Favorecendo a educação do corpo, objetivava a constituição de um físico saudável e equilibrado organicamente, menos suscetível às doenças. Associado a essas idéias, observava-se nos meios políticos e intelectuais, uma preocupação com a eugenia já que o contingente de escravos negros era relativamente grande e poderia gerar, segundo aquela concepção, uma desqualificação da raça branca. A Educação Física, neste contexto, juntamente com a educação sexual, sensibilizaram os brasileiros para manterem a “pureza” e a “qualidade” da raça branca. Apesar dos pressupostos higiênicos, eugênicos e físicos da Educação Física serem defendidos, a prática das atividades físicas era um tanto prejudicada, pois havia, no período, uma associação do trabalho físico ao trabalho escravo. Essa relação gerava na sociedade uma discriminação no que tange à prática das atividades físicas que, de certa forma, dificultou a sua obrigatoriedade nas escolas.
1834: Primeiro aluno brasileiro é matriculado no Philanthropinum de Schnepfentahl, na Alemanha, escola modelo de Educação Física na Europa, e que foi seguido por mais três dezenas nos anos seguintes, vindos de varias regiões do Brasil.
1837: Antonio Ferreira França possibilitou, em cada escola paroquial de primeiras letras do Município do Rio de Janeiro – então capital do país –, o ensino da ginástica e defesa do corpo, natação, equitação e dança.
1851: É registrado, através do Decreto No. 630, de 17 de setembro, a reforma dos ensinos primário e secundário do Município da Corte no qual nada consta sobre a obrigatoriedade do ensino da Educação Física (ginástica) nas escolas.
1854: O deputado e