M Sica Na Gr Cia
A palavra música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne - a arte das musas), tinha um sentido muito mais lato do que se tem hoje. Era uma forma adjetiva de musa (da mitologia, qualquer das nove deusas irmãs que presidiam a determinadas artes e ciências), concebida como algo comum a todas as atividades relacionadas à busca da beleza e da verdade.
A história da música ocidental se inicia com a música da igreja cristã. Ao longo dos anos, artistas de todo o mundo vão à Grécia e a Roma a procura de ensinamentos dos mais diversos campos de atividades. Mas, os músicos da Idade Média não conheciam nenhum exemplo anterior da música grega ou romana, pelo fato de a maior parte desta música estar associada a práticas sociais que a igreja primitiva condenava, ou então a rituais pagãos que julgava deverem ser eliminados. Por fim, mesmo a igreja tendo lutado para não haver vestígios da música antiga, hoje sabemos, por relatos, mosaicos e esculturas, que a música tinha um papel importante na vida militar, no teatro, nos rituais e na religião. Portanto, para aprender sobre a música medieval, devemos nos ater aos povos da antiguidade e principalmente na teoria e na prática musical dos gregos.
Na Grécia antiga, a mitologia atribuía à música origem divina, tendo como seus primeiros deuses e semideuses Apolo, Anfião e Orfeu. Acreditavam que a música tinha poderes mágicos, capazes de curar doenças, purificar o corpo e o espírito e também fazer milagres na natureza. Podemos notar isso até no Antigo Testamento, quando David cura a loucura de Saul tocando harpa, ou o soar das trombetas e vozearia que derrubaram as muralhas de Jericó.
A música da igreja primitiva e a grega tinham em comum o fato de ser monofônica, improvisada e sempre associada à palavra ou à dança. Foi a teoria, e não a prática musical grega, que afetou a música da Europa ocidental na Idade Média. O pensamento grego no domínio da música teve como fundador Pitágoras (cerca de 550 a.C.). Aristídes