M Rio De Carvalho
Escolha da obra:
Visto que na última exposição oral, escolhi uma obra de um autor estrangeiro, decidi optar desta vez por uma obra nacional.
Casos do beco das sardinheiras conta episódios da vida quotidiana dos habitantes de um beco lisboeta, o beco das sardinheiras, situado algures entre Alfama e Mouraria, que à primeira vista pode aparentar ser um beco vulgar.
No prologo apresentam-nos uma breve descrição do beco: (“ E quanto ao Beco, fisicamente falando, como é, o que é que tem? Nada de especial, como foi dito. Casas velhas, de dois ou três andares, as tais sardinheiras à entrada, janelas de guilhotina, beirais avançados, flores várias nas varandas de ferro forjado e invariavelmente pintado de verde (…)”
Passando agora ao tombo da lua:
Numa numa muito quente, e repassada de azul, algo insólito aconteceu no beco lisboeta. Zé metade, que é a primeira personagem a ser apresentada encontrava-se à soleira da porta a comer o seu saquitel de tremoços, e a cantar o seu fado melancólico, quando Andrade da Mula, que não conseguia adormecer se chegou à janela para o mandar calar, o que não contava é que ao bocejar a Lua lhe viesse parar ao estomago. Zé Metade, que estava estupefacto ao ver tal acontecimento, deixa sair um “Ina cum caraças!”, ao que Andrade responde com o maior arroto que jamais se ouviu naquele beco. A partir daí começou um corrupio de gente que se dirigia a casa de Andrade, e é aqui que nos são apresentadas muitas das