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ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÕES E ARTES
DO OUTRO LADO DA LINHA
Análise das relações comunicacionais entre uma operadora de telecomunicações e seus públicos estratégicos reunidos em um Conselho de
Clientes
Adriana de Faria e Sousa
Orientadora: Maria Aparecida Baccega
São Paulo
Novembro de 2002
4 – CONSIDERAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS
4.1 – Conceitos
Conforme já foi exposto até o momento, mais que simplesmente comunicar-se com seus públicos visando ao consumo de produtos, serviços e imagem, a CTBC precisa estabelecer elos, num processo de construção comum de significados que ampliem para fora de sua área de atuação a imagem já construída em seu mercado atual, pelo uso de processos comunicacionais que
se
explicam
pelo
paradigma
funcionalista
da
comunicação, onde, segundo LASSWELL,
“A comunicação constitui um processo de cunho intencional, através do qual as pessoas procuram influenciar o comportamento das demais por meio da transmissão de mensagens para um determinado público”. 1
O objeto deste estudo não é reforçar este conceito de pura e simplesmente influenciar o comportamento dos públicos, como é típico da comunicação de marketing. Antes, trata-se de construir conjuntamente as significações a respeito do negócio da empresa, num processo de negociação que supera a simples imposição dos valores e da cultura da organização. Etimologicamente, comunicação é tornar algo comum. Várias ciências sociais se dedicaram a criar suas definições para comunicação. Algumas delas foram resumidas por SANTOS:
“O conceito etimológico (da origem da palavra), por exemplo, dá à comunicação o sentido de ‘comunidade’, de tornar algo (uma idéia ou informação) comum a todos, tornando o ato de comunicar sinônimo de participação. Já o conceito biológico, segundo Luiz Beltrão (...), torna a comunicação uma necessidade básica para a sobrevivência e perpetuação da espécie. Além disso, por esta perspectiva, a comunicação é vista como uma