INFÂNCIA MARANHENSE NO SÉCULO XIX: IDENTIDADE E CONTROLE SOCIAL
BARBOSA, Bárbara 1
BRANDÃO, Fhilipe 2
FREIRE, Tarantini 3
CORRÊA, Maria da Glória Guimarães 4
Ao estudar a infância maranhense nos idos do século XIX, deve-se atentar para as condições econômicas, políticas e sociais na qual se encontrava a sociedade naquele momento. Quando essa mesma discussão enfoca a infância e a juventude as especificidades suscitam um olhar cauteloso, notadamente quando o eixo de análise busca situar os jovens pobres e os favorecidos socialmente, na construção de valores, identidades que de certa forma constituíram o capital cultural no período.
A infância é uma etapa de vida entendida como uma produção histórica que existe como experiência do seu tempo, como expressão de relações sociais e culturais. Para além desses paradigmas, é preciso entender que não há apenas uma infância, mas várias, que vivem a condição de ser criança/jovem não somente do ponto de vista biológico, mas de caráter simbólico. Um aluno que adentrasse, por exemplo, em uma instituição escolar de cunho assistencialista na época imperial (como a casa de educandos artífices) seria moldado (ou regenerado em alguns casos) segundo os costumes ditos civilizados, tentando formar crianças serviçais aos valores liberais que estavam adentrando no universo mental brasileiro, como a noção de moral, respeito às normas, a positivação da noção de trabalho e etc. diferentemente das crianças das elites que eram agraciadas com uma educação distinta (e distintiva), baseada na atuação de preceptores particulares equivalente ao ensino primário na época, e posteriormente em um liceu imperial de ensino secundarista dando prosseguimento ao seu respectivo ensino.
O enfoque desta discussão permeará por esta relação entre a infância maranhense e os estabelecimentos de ensino como, o Liceu Maranhense, A Companhia de Aprendizes Marinheiros e a Casa de Educandos Artífices, instituições que serviram como estratégias de inculcar