G NERO Sexualidade E Poder Resumo
CAPÍTULO 2 – Gênero, sexualidade e poder.
O segundo capítulo do livro “Gênero, sexualidade e educação” de Guacira Louro (1997) ressalta o ‘poder’ como foco central, relacionando-o com a figura dominante do homem em relação à mulher, que eram destacados nos estudos feministas, e que hoje são problematizados, uma vez que “o esquema polarizado não dá conta da complexidade social”. O capítulo trata das relações de poder, onde as mulheres, de forma silenciosa sofreram de submissão e opressão. A autora menciona Foucault como grande colaborador dessa área, pois seus estudos dão margem para desfazer o convencional e enxergar o poder sendo exercido, estrategicamente, por toda sociedade como “uma rede de relações sempre em atividade”. Para aprofundar as relações de poder, Louro (1997) se apropria do conceito foucaultiano de “biopoder” (poder de controlar as populações, as espécies) para pensar nas práticas que foram historicamente criadas para o controle de homens e mulheres, as quais direcionam os gêneros a ocupações diferentes, além de tratar do poder exercido sobre os corpos dos sujeitos através de estratégias como o controle da taxa de natalidade, condições de saúde, entre outras.
Após, a autora aborda as “Diferenças e desigualdades: afinal quem é diferente?”, destacando que o gênero e a sexualidade serão vistos de maneira privilegiada, buscando observar como a diferença acontece nesses terrenos. Ao iniciar a discussão apoia-se na frase “E viva a diferença!”, que é constantemente utilizada nos discursos a respeito das diferenças entre homens e mulheres. A autora mostra que a frase é problemática, podendo implicar em uma conformação ao status das relações entre os gêneros.
Louro (1997) destaca que a diferença entre os gêneros é marcada por várias distinções: biológicas, físicas, psíquicas, etc. O movimento feminista se ocupou das discussões sobre as diferenças e as suas consequências, porém, as relações de poder se