Fichamento do texto “Antropologia Estrutural” - Capítulo 1
Hauser e Simiand apresentaram os métodos que distinguiam história e sociologia. Essas diferenças diriam respeito ao caráter comparativo do método sociológico, monográfico e funcional do método histórico.
Para a história os problemas do método teriam se resolvido. A sociologia teria se desenvolvido, mas seus ramos novos, etnografia e etnologia, surgiram a custa de conflitos.
A etnologia no debate tradicional teria a história como oposta. Haveria o paradoxo disso de que a tese dos historiadores teria sido retomada pelos etnólogos.
Lévi-Strauss pontua que renuncia ao uso do termo sociologia, pois esta não merecia o sentido geral de corpus das ciências sociais. E questiona que se é visto um conjunto de pesquisas positivas em relação à organização e funcionamento de sociedades complexas, a sociologia se tornara uma especialidade da etnografia, sem poder pretender resultados tão ricos quanto o desta.
O autor define etnografia e etnologia. A etnografia consistiria na observação e análise de grupos humanos, considerados em sua particularidade, visando à reconstituição da vida de cada um. A etnologia utilizaria de modo comparativo os documentos da etnografia.
O problema entre a etnologia e a história seria o seguinte: “ou nossas ciências se vinculam à dimensão diacrônica dos fenômenos, isto é, à sua ordem no tempo, e se tornam incapazes de traçar-lhes a história; ou procuram trabalhar à maneira do historiador, e dimensão do tempo lhes escapa”.
I
A interpretação evolucionista seria, em etnologia, a repercussão direta do evolucionismo biológico. A civilização avançada aparecendo como a expressão mais avançada da evolução das sociedades humanas, e os grupos primitivos como “sobrevivências” de etapas anteriores. O neo-evolucionismo não teria superado essa dificuldade no sentido de como proceder a esta determinação para a imensa maioria das sociedades humanas.
Os evolucionistas