Estatística
A Estatística tem estado sempre presente desde os nossos primórdios até à nossa actualidade. Contar, enumerar e recensear sempre foi uma preocupação permanente em todas as culturas. As grandes civilizações do passado sempre tiveram a necessidade de conhecer a sua população, tanto a nível económico como a nível social. Desde a cobrança de impostos até ao recrutamento militar, Imperadores ou reis da altura ordenavam os recenseamentos da população. No séc. XVII a estatística sofre um grande desenvolvimento graças a estudos feitos como a 1ª investigação estatística sobre a mortalidade realizada por John Graunt, estudioso inglês do séc. VII. E desde então a estatística não mais deixou de progredir, atingindo o maior desenvolvimento e aplicação nos nossos dias.
É na segunda metade do século XIX, que se dá a viragem da Estatística descritiva ou Gráfica para o estudo metodológico, a qual se iniciou a partir do Primeiro Congresso de Estatística que teve lugar em Bruxelas, em 1853 (Oliveira, 1995). Até aqui, a Estatística era vista somente como uma mera compilação de dados, a sua disposição em tabelas, uns tantos cálculos de médias e outros estudos.
A Estatística em Portugal começou, tal como nos outros países da Europa, com a necessidade de o Estado conhecer melhor as características da sua população. Em Portugal conhecem-se vários estudos estatísticos antigos: Rol dos besteiros do conto de D. Afonso III (1260-1279) e de D. João I (1421-1422), Numeramento de D. João III (1527), Resenha de gente de guerra (1636), Lista de fogos e almas que há nas terras de Portugal (1732) e entre outros estudos.
Os primeiros censos portugueses foram realizados de 31 de Dezembro de 1863 para 1 de Janeiro de 1864, tendo por base as orientações do Congresso Internacional de Estatística realizado em Bruxelas, em 1853. Antes desta data, tal como foi referido anteriormente, já se realizavam em Portugal recenseamentos, mas por não serem exaustivos e/ou não se apoiarem em