E escola e o conhecimento
A ESCOLA E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO (RESENHA)
CORTELLA, Mario Sergio: A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos/ Mario Sergio Cortella – 5. ed. – São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2001.
No capítulo intitulado “A escola e a construção do conhecimento”, o autor Mario Sergio Cortella faz uma análise sobre o processo de construção do conhecimento, mostrando que a escola possui, ainda, uma visão do conhecimento como algo pronto em si mesmo e sem nenhuma relação com a produção histórica. Outra visão presente no meio escolar é a de que o conhecimento também pode ser visto como um objeto mágico, transcendental.
O tipo de conhecimento repassado aos alunos é de um conhecimento não relacionado com a vida real dos alunos, uma vez que não se permite aos alunos perceberem como ocorre o processo de construção do conhecimento e a relação existente entre o conhecimento científico e o senso comum no cotidiano das pessoas. Enquanto isso, a visão de mundo transmitida pela mídia, por exemplo, é de uma noção triunfalista da ciência como sendo um saber infalível e absoluto. Na primeira parte o autor aborda o papel da relativização como uma necessidade para construção do conhecimento e um caminho para se vencer a mitificação. Por isso, escreve que o conhecimento nasce de acordos circunstanciais e convencionais apresentando-se como verdade absoluta. Entretanto, tais acordos não devem ser encarados como a única possibilidade de interpretação.
Assim, a relativização permite compreender que os mitos têm a função de transformar as coisas naturais em objetos ou acontecimentos sobrenaturais, coisas simples, que muitas vezes podem ser explicadas em coisas fantásticas ou mágicas. Criando assim, uma compreensão distorcida da realidade. Logo, a necessidade de compreender e de “relativizar” a realidade do mito, da religião e do senso-comum é uma forma de construção do saber. O segundo aspecto