D. Sebastião
Após a morte do seu avô, o rei D. João III, D. Sebastião foi coroado rei de Portugal em 1568, quando tinha apenas 14 anos.
Ficou conhecido pelo cognome de “o Desejado” pois o seu nascimento foi esperado com ansiedade, enchendo de alegria o povo, uma vez que a coroa corria o perigo de vir a ser herdada por outro neto de D. João III, o príncipe D. Carlos, filho de Filipe II de Espanha. D. Sebastião era o melhor herdeiro para dar continuidade à Dinastia de Avis e manter a independência de Portugal.
O rei D. João III, teve vários filhos, mas todos eles acabaram por morrer muito novos. Como D. Sebastião era menor, ficou como regente do reino, a sua avó D. Catarina. A sua mãe, D. Joana, de acordo com o contrato nupcial, teve de regressar a Castela após a morte do marido o príncipe D. João.
D. Sebastião teve uma educação cuidada, mas era um pouco influenciável por aqueles com quem convivia.
Quando D. Sebastião tomou conta do governo, estava rodeado por um grupo de nobres, jovens e impulsivos e planeou fazer conquistas no Norte de África, aproveitando as lutas que aí se davam entre os Muçulmanos, ignorando os avisos e os conselhos da Corte.
Assim em 1578, partiu para Marrocos chefiando uma expedição militar de 17 000 homens. Esta expedição foi desastrosa, os portugueses foram vencidos na Batalha de Alcácer Quibir e D. Sebastião morreu juntamente com 7 000 soldados. Os restantes foram feitos prisioneiros. D. Sebastião morreu em 1578, sem deixar sucessor e colocando em perigo a independência de Portugal.
É a esperança na vinda de um salvador e traduz uma inconformidade com a situação política vigente e uma expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através da ressurreição de um morto ilustre.