Como relacionar ética profissional e responsabilidade social na Administração Pública brasileira?
O sucesso de qualquer organização depende do seu comportamento ético. Assim, entendo que ser ético é uma obrigação; é questão de sobrevivência, Qualquer empresa se quiser ter lucratividade é essencial ter ética. A sociedade tem exigido que a empresa sempre pugne pela ética nas relações com seus clientes, fornecedores, competidores, empregados, governo e público em geral”. Por outro lado, os cidadãos em geral consideram cada vez mais todo serviço público como corrupto ou mau moralmente, por estar vinculado ao poder político, ao mesmo tempo em que vivenciamos uma propaganda política em que todo ser público – poderes executivo, legislativo e judiciário – se anuncia como defensor da ética. Parece que todos os problemas públicos estão vinculados à ética, e que tudo, portanto, pode ser resolvido pela ética. Acredito que a ética é fundamental para que as empresas possam justificar maiores lucros, e deve ser o fim e não o meio para se conseguir crescimento. convém lembrarmos, o que mais uma vez, Weber (2001, p. 131): constata que a profissão se tornou uma espécie de “gaiola de aço” dos seres humanos modernos, e por isso não temos mais o direito de escolher se vamos ter ou não uma profissão; somos obrigados a tê-la se quisermos sobreviver. Assim temos que ser especialistas, perdendo, em geral, a visão do todo. Com a organização cada vez maior da sociedade, com o surgimento de novos profetas apresentando de tempos em tempos soluções milagrosas, somos capazes, diz Weber, de achar que atingimos “um nível de civilização nunca antes alcançado”, mas ao mesmo tempo nos tornamos especialistas sem espírito e sensualistas sem coração”. Poderíamos acrescentar que esta “gaiola” se tornou tão normal para nós que nem pestanejamos em exigir que cada profissional se torne o carcereiro de sua própria “prisão”.
Já a responsabilidade social das empresas com a emergência de movimentos