^ciências humanas e sociedade
As ciências humanas surgiram com objetivos de compreender e explicar a realidade da sociedade e prever seu funcionamento para eventualmente dominá-la. Elas foram modernizadas na segunda metade do século XIX, mas foi no século XX que elas expandiram fortemente para a humanidade. Fatores como as guerras mundiais, confrontos ideológicos como (socialismo e capitalismo), crescimento das desigualdades, dentre muitos outros, aumentaram a necessidade de se servir das ciências humanas para a compreensão e intervenção de todos esses problemas sociais.
No Brasil, somente a partir da segunda metade do século XX, que as ciências humanas aparecem no seu conjunto com níveis e padrões científicos, isso se explica devido a dois obstáculos principais: o primeiro, devido a não autonomia do pensamento científico não racional devido ao período escravocrata dominante durante todo século XIX no Brasil. Segundo, devido ao contexto dominado por valores e interesses religiosos e conservadores, resistindo aos fundamentos de uma concepção cientificas do funcionamento das instituições e da origem do comportamento humano.
Com o fim do regime escravocrata e senhorial no final do século XIX, a sociedade brasileira adquire uma autonomia que lhe permite o desenvolvimento de padrões científicos. Nos anos 30 e 40 do século XX, a evolução das ciências humanas é marcada pela introdução de novas interpretações da realidade social. Na década de 50, com a rápida urbanização, industrialização, populismo nacionalista, transformações na estrutura social, a presença da ação do estado na economia, suscitam as investigações e análises que caracterizam essa década. Os anos 60 põem em destaque, no campo das ciências humanas, a terceira geração da escola sociológica paulista, sob o impacto do governo militar autoritário. Os anos 70 trazem paradoxalmente o que se chamou de modernização da sociedade brasileira, num contexto de consolidação do capitalismo avançado, quando o