A ética no marketing
Segundo André Cauduro, há muito tempo a prática do marketing vem sendo alvo de desconfiança e critica quanto aos valores éticos e morais de seus princípios. Para ele o marketing se defronta com duas grandes categorias de questionamento ético, a do sistema capitalista que envolve o estimulo materialista do consumo; e a prática do negócio em si, que envolve a conduta das empresas nas suas relações com o cliente (preço, informações, atendimento, lançamento do produto). Segundo ele as ações de marketing impactam o nível micro (consumidores individualmente) e o nível macro (a sociedade em geral), e ambos são motivo de preocupação. Citando Nash(1981) e Stark(1993) lembra que as pressões externas e internas são muitas dificultando a escolha de um caminho, o que não permite, na prática, seguir recomendações definitivas de ética, sugere que o melhor é praticar uma visão moderada conciliando interesses e necessidades. E ainda, citando Ferrel e Gresham,1985,Nantel e Weeks, 1996 e Lund, 2000, apresenta a ética de forma complexa e subjetiva, e como tal podendo ser interpretada de acordo com as circunstancias e com as percepções dos envolvidos, gerando visões diferentes sobre o que é, ou não é ético. Finalizando e fazendo uma analogia à citação de Azevedo, 2002, p.121, “os atores da política e da economia se movem num espaço de certa amoralidade”, André Cauduro diz que “o mundo dos negócios e as práticas de marketing especialmente, parecem respeitar lógica semelhante”, não se segue um código de ética explícito, nem se pratica ações antiéticas, porém fica por conta dos atores envolvidos julgarem as ações que são praticadas.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
D´ANGELO, André Cauduro. A Ética no