A Ética no Discurso Democrático
DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Muito tem se falado nos últimos anos de como a humanidade evoluiu no sentido de estar mais consciente sobre as questões relativas aos direitos do homem, a preocupação com o bem estar e a felicidade, de propiciar um mínimo para existência.
Aliás, esse é o discurso atual dos chefes de Estado, que “lutam” para dar condições melhores ao seu povo. Cada povo tem sua organização política. Nos dias de hoje é comum que este, o povo, escolha a forma de governo, porém, assim como antigamente, há populações que vivem sob a rege autoritária de algum líder, o povo não escolhe, simplesmente são impostas. Essas sociedades, presas a grilhões ideológicos, acreditam que seus lideres são a única saída, uma única salvação. Declarando aos demais Estados como democráticos, os lideres desses Estados escondem-se por detrás de uma cortina de um sistema de organização estatal, dizendo-se livres e comprometidos com o bem comum dos seus representados.
Aristóteles já previa a degradação da Democracia. Alias, viveu em uma. Ele a chamava de demagogia e em suas palavras era a Democracia desvirtuada, declarada como governo do povo, que era conduzido por estes, mas na realidade, seguia a ideologia de um ou de poucos, com suas paixões e interesses, utilizando do poder das palavras para convencer o povo de suas ações benevolentes, criando a ilusão de um futuro melhor e mais prospero1.
Vemos que já no inicio do sistema democrático, lá no seio heleno, havia uma manipulação da verdade e do sistema. Os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles vivenciaram esta experiência. Foram testemunhas da Democracia ateniense, presenciando o modelo puro transformar-se na demagogia, que foi instaurada pela desvirtuação da Democracia.
Os lideres daquela época usavam os anseios do povo, suas vontades e aspirações para convencer-lhes de que podiam alcançar. Bastavam metas e sacrifícios coletivos. Instigavam paixões entre os cidadãos,