A ética de Kant

Aspectos Filosóficos

A ética é um tema abordado há vários milênios por filósofos do mundo inteiro e, em especial por Aristóteles, que na antiguidade dedicou boa parte de sua vida e obra ao desenvolvimento das percepções morais e éticas que levassem à felicidade.
Aristóteles baseava seus estudos e discursos em valores e costumes de sua sociedade, criando uma ética advinda das virtudes e do bem estar humano. Circundava com isso, os objetivos em curto prazo e também os projetos para toda uma vida, desfrutando da razão e da virtude como meios para se almejar a felicidade. A ética, segundo Aristóteles é estudada não para se saber o que é virtude, mas com o objetivo de tornar alguém virtuoso e bondoso. Caso haja algum outro fim em se estudá-la, ela se tornará um estudo literalmente inútil.
Já na modernidade, Immanuel Kant pode ser considerado o principal percursor do conhecimento humano em detrimento da fé. Para Kant, a razão teórica não é capaz de operar por si só e também não se mistura ao empírico do conhecimento humano, e por isso não pode ser considerada uma razão a priori que seja suficiente para reger leis morais de cunho universal. Contudo, Kant expõe a necessidade da razão teórica para se chegar à razão pura, pois, esta tende a exceder os limites empíricos e indo além, criando o que se chama de dialética transcendental.
Para Kant, a crítica da razão prática pode ser considerada o principal aspecto da razão humana, indo de oposição ao aplicado pela teoria da razão pura. Ela se presume em ir adiante aos próprios limites legítimos que são os da razão empírica, que por sua vez, são os ligados à experiência e por isso servem as regras gerais (subjetivas e objetivas) que definem a vontade.
O imperativo categórico é composto das leis práticas e atende as regras gerais, sejam elas objetivas ou subjetivas, pois, não depende de conteúdo. Para Kant, uma lei que depende de conteúdo é subordinada ao empirismo e ao utilitarismo já que, são regidas conforme a vontade